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Na passada terça-feira, dia 21 de novembro, a Federação dos Bombeiros do Distrito do Porto esteve presente na 24.ª reunião do Conselho Intermunicipal da CIM do Tâmega e Sousa, que se realizou nas instalações do Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Tâmega e Sousa, em Baião.

A convite do presidente da CIM do Tâmega e Sousa, Pedro Machado, a federação levou à reunião uma proposta assente em três pontos “fundamentais“: benefícios sociais, sub-financiamento das associações humanitárias e definição de um plano plurianual de reequipamentos dos corpos dos bombeiros.

Em declarações ao Jornal A VERDADE, José Luís Morais, presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito do Porto, e também comandante dos Bombeiros Voluntários de Paredes, explica que a discussão foram levados os benefícios sociais concedidos pelos municípios do Tâmega e Sousa, “compilados por um grupo de trabalho de alguns presidentes de direção e dos quais retiraram um conjunto de benefícios mais significativos”. O objetivo foi “sensibilizá-los para a necessidade de uma uniformização dos benefícios na CIM. Nos últimos 20 anos, houve um decréscimo muito significativo de bombeiros voluntários, recrutamentos mais difíceis e, portanto, através de benefícios sociais que possamos acrescentar é sempre uma possibilidade de melhorar o recrutamento”, frisa.

Para além disso, a federação apontou para o sub-financiamento das associações humanitárias, uma que vez que o valor global de financiamento das associações do nosso país definido pelo Orçamento de Estado “está muitíssimo aquém daquilo que é a real prestação de serviços que as associações fazem nas suas comunidades. Queremos sensibilizar o poder central para a necessidade de aumento dos valores de comparticipação”, explica José Luís Morais.

A proposta contempla, ainda, a sensibilização dos autarcas “para a necessidade de definir um plano plurianual de reequipamentos dos corpos de bombeiros. Dos dados recolhidos pela CIM do Tâmega e Sousa, da totalidade de veículos existentes, excluindo as ambulâncias, mais de 70% estão fora do período de vida útil, ou seja, têm mais de 20 anos. Isto revela a necessidade premente de haver planos de reequipamentos, o que infelizmente não se verificou no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que se traduziu, na prática, numa viatura para a CIM, concretamente para os bombeiros de Amarante e nada mais. É absolutamente, quase que diria, inqualificável, dada as necessidades”.

Face aos pontos apresentados na reunião, o presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito do Porto afirma que houve “recetividade” dos representantes da CIM do Tâmega e Sousa. “Houve uma atenção colocada nos assuntos por parte de todos os presentes. Fomos muito bem recebidos e existe uma sensibilidade para esta área. Ficou o compromisso de estudar e ver que possibilidades é que poderão existir em cada um dos pontos”, revela.

Os pontos apresentados “estendem-se às corporações que, apesar de não fazerem parte do distrito do Porto, integram a CIM do Tâmega e Sousa”.

Na reunião estiveram presentes representantes de todos os municípios que compõem a CIM do Tâmega e Sousa.